Oi, tô de volta 👋

Resolvi fazer um compilado de updates sobre minha vida e meus projetos.

Há um ano eu criei a Horizontes Artificiais. Minha ideia era mostrar como a IA pode facilitar a vida do designer.

Mas eu percebi que minha vontade de compartilhar (ideias, pensamentos, projetos) vai além da IA.

Dito isso, resolvi reativar a newsletter. 

Vamos ao que interessa:

O que aconteceu nesses últimos 12 meses?

  • Eu saí da operação da minha agência: não sou mais o designer que executa as tarefas. Não participo mais de reuniões com clientes. Não encosto em nenhum projeto. Meu time dá conta de tudo (e isso é libertador).

  • Mudei de apartamento: encontrei um cantinho só meu e saí da casa dos meus pais. Pela primeira vez tenho a sensação de estar investindo no meu espaço sabendo que ele não é provisório.

  • Fiz uma viagem com os amigos: fui até o Chile de carro, percorrendo 6 mil quilômetros em 10 dias. Fiz um vídeo no meu Instagram mostrando tudo.

  • Entrei para o #FramerChallenge: comecei a me posicionar como Framer Expert e reativei a criação de conteúdo. Vou explicar com mais detalhes abaixo.

  • Comecei um novo projeto: a Hapnes surgiu como iniciativa para entregar uma dose diária de felicidade, sem hacks ou fórmulas mágicas, através de conteúdo digital.

Vem comigo que vou aprofundar cada um desses tópicos 👇

Sobre minha agência

Desde janeiro de 2023 eu, junto com meus sócios, tocamos a Apta Agency.

Os dois primeiros anos foram caóticos (no bom sentido). Éramos muito mais um coletivo de freelancers trabalhando juntos do que uma empresa. Não existiam processos. Cada cliente era tratado de forma diferente. Não enxergávamos a operação da forma como gostaríamos.

Desde o início desse ano tudo mudou. Começamos percebendo que jamais conseguiríamos construir algo sólido se não confiássemos nas pessoas.

O mindset passou a ser: "vamos contratar alguém disposto a se desafiar, entregar o desafio e mentorar". A partir daí, a roda girou diferente. Os problemas passaram a ser outros. Ao invés de trabalhar mais, começamos a trabalhar melhor.

Ao invés de dedicar 4 horas para fazer um design, alocamos essas mesmas 4 horas (que normalmente investíamos colocando a mão na massa) para outras coisas: networking, processos, checklists, treinamentos, pessoas, financeiro…

E principalmente, a virada de chave aconteceu quando passamos a investir mais tempo conversando.

Definimos 1 hora por dia (inegociável) para alinhamento entre os sócios. Além disso, todo mês nos reunimos presencialmente no final de semana.

Nesse primeiro momento, claro que os assuntos mais emergentes sempre eram relacionados ao dia a dia da agência. “Fulano precisa se desenvolver mais nisso", "Precisamos entregar o projeto até amanhã", "Vamos marcar uma reunião pra debater isso?", e por aí vai…

Mas estar em contato todos os dias nos fez traçar uma mesma visão de futuro:

Queremos construir negócios onde não precisamos colocar a mão na massa.

E cara, é bizarra a diferença que essa nova visão fez nas nossas vidas.

Ao invés de sermos sugado pelo pelos problemas diários (que muitas vezes eram super pequenos), passamos a filtrar o que iríamos debater.

Percebemos o quão perfeccionistas somos e que existem muitas agências piores que a nossa em termos de qualidade, mas que faturam muito mais.

Isso nos mostrou que nosso tempo é valioso demais para errar no assunto do debate.

Enfim, traçamos um plano: nos comprometemos a sair da operação até novembro.

Isso significou que, dentro de 3 meses, passaríamos a apenas fazer reuniões, sem colocar a mão na massa em nada, dedicando no máximo 2 horas por dia para a agência.

Isso abriria espaço para outros projetos aflorarem, já que a Apta Agency é apenas nosso primeiro negócio enquanto sócios.

Foi assim que surgiu a Hapnes e minha marca pessoal.

Hoje, estamos com um time incrível de 11 pessoas e caminhando para bater R$1.8M de faturamento ainda esse ano.

Esses foram os nossos 10 principais insights, enquanto sócios, dentro desses últimos meses:

1) Focar nas nossas marcas pessoais faz sentido. Quanto mais fortalecemos nossas vozes individuais, mais portas abrimos para a agência e para novas oportunidades (a nível Brasil e internacional).

2) Muitas vezes somos atraídos por problemas que não precisamos resolver sozinhos. Existem pessoas no time (ou fora dele) com total capacidade de lidar com esses desafios.

3) Tendemos a subestimar o potencial das pessoas. Há talentos prontos para assumir responsabilidades que normalmente caem em nossas mãos, basta confiar, abrir espaço e mentorar.

4) Podemos avançar muito, muito mais rápido do que imaginamos. Mudanças não precisam de um mês. Às vezes, basta um dia ou até algumas horas.

5) Networking e conexão nos levam para o próximo nível. Relações sólidas, dentro e fora da agência, são catalisadores de crescimento.

6) O ambiente estimula novas ideias. Estar em um espaço diferente, desconectado do cotidiano, gera clareza e inspiração.

7) O digital tem limite de foco. Percebemos que é quase impossível manter mais de 2h de concentração profunda online. Presencialmente, produzimos e focamos com muito mais qualidade.

8) As imersões marcam ciclos. É mais fácil analisar, ajustar e evoluir quando enxergamos o negócio em ciclos claros, com metas e checkpoints definidos.

9) O próximo nível exige outro mindset. A cultura que nos trouxe até aqui não será a mesma que nos levará adiante. Precisamos nos forçar a pensar diferente.

10) Uma agência é apenas um modelo de negócio, dentre vários existentes. Podemos fazer dinheiro no digital de muitas outras formas, usando as mesmas habilidades (spoiler do futuro 🤓).

Meu novo escritório

Vivi em Porto Alegre por 8 anos em 5 apartamentos diferentes. O mesmo pensamento sempre de sempre vinha a mente quando eu me mudava: “não vou investir aqui, é provisório”.

Depois de cursar Engenharia Elétrica, Engenharia de Energia e Design (e não concluir nenhum), eu percebi que meu ciclo em POA estava encerrado.

Embora os muitos amigos que fiz por lá me estimulavam a ficar, não fazia mais sentido passar a semana sozinho, trabalhando a distância, longe da família e gastando dinheiro a toa.

Voltei pra minha cidade natal (Erechim), morei com os pais por mais de um ano, e agora finalmente tô montando meu cantinho.

Além de tela de fundo das minhas reuniões, esse é o novo cenário dos vídeos que pretendo gravar. Quero muito fazer uma parede cheia de quadros aqui no escritório. Cada quadro vai ser criado por mim, mas isso é papo para outra newsletter.

De Erechim a Santiago de carro

Curiosamente, tudo se conecta.

Em maio desse ano, tirei 10 dias off para realizar essa façanha, junto com outros dois amigos. Planejamos a viagem (mas não tanto pra dar um pouco de emoção) e saímos num domingo.

Dormimos em oito cidades diferentes, acampamos, conhecemos o interior da Argentina e do Chile e, na volta, cruzamos o Uruguai.

Eu deixei o máximo de coisas organizadas na agência para que o time pudesse resolver tudo, mesmo comigo distante.

Fiz questão de desativar todos os aplicativos do trabalho e me blindei de qualquer notificação.

Funcionou. Mas quando voltei, vi o caos que a agência estava.

Era cliente pedindo pra cancelar projeto, feedbacks negativos, designers perdidos, comunicação mal feita, e por aí vai.

Foi aí que percebemos que precisávamos mudar a forma como operamos o negócio.

Eu considero esse o lado mais positivo das férias: além de poder descansar, poder dar espaço para outras coisas aflorarem, mesmo que sejam problemas.

Novos projetos

Vou dar uma pincelada do que passa pela minha cabeça, agora que tô com mais tempo para dedicar em outras coisas além da agência.

Framer

Eu sempre gostei de criar conteúdo. Já lancei um ebook para Midjourney. Já fiz vídeo para YouTube ensinando Notion.

Agora, tô na fase de desbravar o Framer. Já lancei um template e 4 componentes por lá, faturando $2,003.32 só com esses produtos.

Quase todos os dias eu posto nas minhas redes conteúdos criados por lá, através do Framer Challenge: um desafio oficial que, se eu bater minha meta de vendas, o pessoal da ferramenta entrega um bônus de 10% no final do ano.

E para além da parte financeira, em três semanas criando conteúdo eu pude receber esse tipo de feedback, que me encheu de lágrimas quando li:

Hapnes

Outro projeto consiste em uma marca que fala sobre felicidade de uma forma descomplicada.

A Hapnes nasce de um brainstorming somado à inspiração pessoal da minha sócia que está liderando a criação de conteúdo e estratégia da marca.

Nosso objetivo é levar conhecimento sobre bem estar e felicidade, transformando em prática pro dia a dia.

O design da marca tá lindo e é super minimalista: bolinhas coloridas que contam a história e fazem o papel de educar através de posts no Instagram.

Mas é só o início. A ideia é criar um ecossistema de produtos que vai muito além das redes sociais. Aos poucos, com posts todos os dias, vamos crescer a audiência, entregando cada vez mais conteúdos transformadores.

O que mais eu tenho para compartilhar?

  • Descobri essa música recentemente e gosto muito desse artista.

  • Comecei a usar o Reddit (e tem muito engajamento por lá). Tô testando criar conteúdo em inglês e a galera comenta bastante nos posts.

  • Estamos contratando! Tô em busca de um video editor muito dedicado e a fim de aprender sobre IA. Aqui tem os detalhes da oportunidade.

  • Tenho brincado de criar wallpapers. É outro projeto que comecei recentemente, mas não quero dar spoilers ainda (a capa dessa newsletter foi feita por lá!).

Se você leu até aqui, já te considero meu amigo.

Então, faz o seguinte:

  • Me segue no LinkedIn, onde eu mostro os bastidores dos meus projetos.

  • Se inscreve no meu canal do YouTube, lá eu compartilho minhas histórias.

  • Me acompanha no Instagram, mas não prometo nada além de alguns stories sobre meu dia a dia.

Ou, você pode compartilhar essa newsletter para outros amigos.